sexta-feira, 25 de julho de 2008

Procuradora Chefe da 2a. Procuradoria Geral da República foi chief prosecutor contra Slobodan Milosevic

Slobodan Milosevic



"KOSOVO, CROATIA & BOSNIA" (IT-02-54)


05-Typical-Cell-small.jpg 07-Communal-Area-small.jpg 08-Communal-Area-small.jpg 10-Medical-Facilities-small.jpg 14-Gym-small.jpg 16-Art-room-small.jpg 06-Typical-cell-small.jpg radovan_karadzic.jpg


Na foto acima Slobodan Milosevic, na última foto a figura de Radovan karadzic, preso esta semana disfarçado de terapeuta da Nova era, um cara-de-pau, que fazia reuniões de relaxamento e meditação em plena rua.


Ninguém precisa ficar com pena dos réus do Tribunal Penal Internacional, uma vez que, como mostram as fotografias têm celas individuais, sala de ginástica, sala de recreação, sala de arte com forno para suas eventuais esculturas, consultório médico de dar muita vergonha ao SUS e, ainda, o que chega a ser um exagero, sala de recolhimento espiritual.


Vai ser dificil Radovan sair vivo desse Tribunal, uma vez que as provas são fartas (como gosta de dizer o ministro Tarso Genro).


Aliás, sobre esse Tribunal e sobre o caso de Slobodan Milosevic, lembre-se que a brasileira que teve uma atuação muito forte e marcante, até mesmo nas alegações finais foi, a hoje Procuradora Chefe da Procuradoria da República da 2a. Região, Cristina Schwansee Romanó, dona de um currículo invejável, tendo cursado o mestrado em Direito Criminal Internacional, na Golden Gate University, na Califórnia, Estados Unidos.


Cristina foi escolhida - entre milhares de candidatos de todo o mundo - para compor o corpo de procuradores do Tribunal Criminal Internacional da ONU e atuar na persecução de crimes de guerra, sendo designada para chefiar a equipe de procuradores que investigou e denunciou o ditador Slobodan Milosevic e oficiais de alta patente por crimes contra a humanidade, cometidos durante a Guerra do Kôsovo, em 1991.


Como chefe da acusação, Cristina era responsável por promover o direcionamento e aconselhamento legal do grupo de investigadores, e por garantir que o grupo fizesse o trabalho de acordo com as normas determinadas pela ONU. Foi também ela que desenvolveu, repita-se, a peça final de acusação contra Milosevic.




Agora, Sérvios, bósnios começam a se reunir para expressar apoio a Karadzic, na sua antiga fortaleza de Pale.
Karadzic e seu chefe militar Ratko Mladic foram indiciados em 1995 acusados do planejamento do massacre de 8000 muçulmanos bósnios em Srebrenica e pelos 43 meses de cerco de Sarajevo, onde 11000 pessoas morreram através de tiros de morteiros, sniper-fogo ( lança chamas), desnutrição e de doenças. Karadzic vem protestando sua inocência, acusando o Tribunal Penal Internacional de ser tendencioso contra os sérvios. Sobre isso veja o vídeo da Reuters.