Rio: Novo presidente do Tribunal de Justiça defende a união no combate ao crime e à injustiça

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro tem novo presidente. É o desembargador Manoel Alberto Rebêlo dos Santos, sucessor do desembargador Luiz Zveiter na administração do Judiciário estadual no biênio 2011/2012. Ele tomou posse nesta sexta-feira, dia 4, defendendo a união entre os poderes da República para combater o crime, a corrupção e a injustiça.

Segredo de Justiça: até onde pode ir?

A publicidade dos atos processuais é mais do que uma regra, é uma garantia importante para o cidadão, na medida em que permite o controle dos atos judiciais por qualquer indivíduo integrante da sociedade. Ela está prevista na Constituição Federal, em seu artigo 5º, dedicado às garantias individuais, e também tem previsão legal no Código de Processo Civil (CPC), nos artigos 144 e 444.

Rio: Novo presidente do Tribunal de Justiça defende a união no combate ao crime e à injustiça

A sessão solene de posse foi realizada no plenário do TJ do Rio e contou com a presença do ministro Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional da Justiça (CNJ), do governador Sergio Cabral, do vice-governador Luiz Fernando Pezão.

Um milhão de mulheres foram às ruas pedir a renúncia de Berlusconi

Um milhão de mulheres foram às ruas pedir a renúncia de Berlusconi.Os últimos escândalos que envolvem Berlusconi são os alvos da insurreição das mulheres na Itália

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sábado, 9 de agosto de 2008

ANAMAGES : Divulga a Carta de Belo Horizonte

Associação Nacional dos Magistrados Estaduais




CARTA DE BELO HORIZONTE



Os juízes estaduais brasileiros reunidos em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais, por ocasião do I° Congresso Jurídico Efetividade das Normas Constitucionais, promovido pela Associação Nacional dos Magistrados Estaduais (ANAMAGES), considerando a aproximação dos 20 anos de vigência da Constituição Cidadã e os polêmicos acontecimentos e fatos dos dias atuais, vêm a público dizer:



a) Atentados contra as Instituições.



I - A Anamages manifesta sua perplexidade e repulsa a mais um atentado contra o Poder Judiciário do Estado do Pará, incendiando-se o prédio do Fórum da Comarca de Viseu, pondo-se em risco a vida do magistrado e destruindo-se o acervo processual.



II - Da mesma forma, manifesta sua solidariedade e o mesmo grau de indignação com o ato intimidatório e com resquícios de atentado perpetrado contra o Colendo Supremo Tribunal Federal, a mais alta Corte do País, colocando em risco o Estado Democrático de Direito, esperando a magistratura estadual brasileira que os organismos públicos competentes atuem com a devida e necessária eficiência para resgatar e impor o devido respeito à segurança pública, dever do Estado e direito de toda a população.



b) "Ficha suja"



Inobstante a decisão soberana do Colendo Supremo Tribunal Federal corretamente entendendo que a regra do parágrafo 9º, do art. 14, da Constituição Federal continua vigente e a exigir lei complementar para disciplinar a inelegibilidade, a Anamages sustenta que a aplicação do princípio da moralidade se impõe como o próprio STF já aplicou no caso do nepotismo no âmbito do Poder Judiciário, desde que tal aplicação se dê estritamente na esfera processual, assegurado o amplo direito de defesa e a observância ao devido processo legal, não se admitindo que de um candidato a gari se exija passado imaculado e não se exija o mesmo para aqueles que desejam ocupar cargos eletivos em que terão em suas mãos os destinos do País.



"Ao juiz, evidentemente, não se nega o exercício dos direitos inerentes à cidadania. Entretanto, a ele não se permite a emissão de juízos extra-autos, pela via política da mobilização popular, sobretudo quando evidente o desiderato de interferir na composição dos demais poderes. Ao magistrado não compete proceder a seleção dos puros, principalmente quando alicerçada em manifesto juízo discriminatório e arbitrário" (Elpidio Donizetti).



c) Efeitos vinculantes



As recentes decisões da Corte Suprema brasileira ratificam as preocupações manifestadas pelos magistrados brasileiros ao longo dos anos. Somente este ano já se editaram quatro súmulas vinculantes e mais duas decisões com o mesmo efeito acabam de ser proferidas, engessando a Justiça de 1º e de 2º Graus e impedindo o aperfeiçoamento da aplicação do direito ao caso concreto.



Outrossim, se fere mortalmente o princípio do juiz natural, aquele que, instruindo o processo e participando ativamente dos debates entre as partes, melhor conhece a realidade posta em julgamento, não sendo demasiado lembrar que nem sempre os fatos em apreciação são exatamente iguais por possuírem características peculiares ao relacionamento sócio-jurídico entre as partes envolvidas, não se admitindo a aplicação linearmente da norma jurídica, sob pena de cometimento de sérias e graves injustiças.



d) Blindagem dos escritórios de advocacia



Lei recentemente sancionada torna invioláveis os escritórios de advocacia. A medida se demonstra necessária diante dos abusos e excessos praticados pelos organismos de segurança.



A casa já é asilo inviolável. O advogado deve ter resguardadas suas prerrogativas, estritamente no exercício da atividade profissional, ao poder público compete a rígida apuração por eventuais desvios de conduta pessoal e funcional e a punição dos culpados.



e) Sigilo



A magistratura estadual brasileira repudia o estado policialesco que se instaurou no País, desrespeitando-se a privacidade das pessoas, o sigilo fiscal e bancário, a imagem e a dignidade das pessoas, direitos fundamentais encartados no art. 5º da Constituição Federal, apoiando a normatização da quebra de sigilo, unicamente, para confirmar outros meios de prova e usado em casos excepcionais como última ratio para provar fatos e não para procurá-los.



Dos magistrados, a sociedade espera e confia sejam as liminares para quebra de sigilo, busca e apreensão e acesso a informações gerais, quando for o caso, sempre deferidas com a máxima cautela, impedindo a ilegalidade e o desrespeito aos preceitos constitucionais.


f) Estado policialesco



Não se pode aceitar operação policial com apelos à mídia e aos holofotes, a exibição de pessoas presas abusivamente algemadas e expostas à execração pública, quase todas libertas horas depois por força da ilegalidade da prisão.



Algemas devem ser usadas com critério e reservadas a pessoas que demonstrem periculosidade, em especial traficantes, latrocidas e outros marginais que por ação e personalidade agressiva possam por em risco a segurança da autoridade, de seus agentes e do público, respeitando-se a dignidade humana e Resolução da ONU.



g) Organização da Justiça



I - Defendem uma estrutura única para a magistratura estadual brasileira, acabando-se com as entrâncias e estabelecendo-se a diferença em 5% entre classes.



II - Sustentam a democratização do Poder Judiciário com a eleição para todos os cargos diretivos dos Tribunais pelo voto direto dos magistrados integrantes dos respectivos Tribunais.



III - Exigem o cumprimento da norma constitucional garantidora da atualização anual dos subsídios (art. 37, CF), independente de lei específica por não se tratar de aumento salarial.



IV - Reclamam por estrutura mínima para o regular e pronto funcionamento do Poder Judiciário, com instalações físicas adequadas, pessoal quantitativa e qualitativamente especializado, emprego das modernas técnicas de comunicação e a estatização das serventias judiciais, conforme determina a Constituição Federal.


V - Clamam por uma reforma ampla da legislação processual capaz de permitir ao magistrado uma prestação jurisdicional rápida e de qualidade, além de garantir a certeza de punição a todos quantos transgridam a lei, acabando-se com a sensação de impunidade.


VI - Pugnam pelo restabelecimento do adicional de tempo de serviço como forma de estímulo à carreira e a permanência do servidor no serviço público sem limite de teto e a razão de 1% (um por cento) por ano de serviço, até o limite de 35% (trinta e cinco por cento).


VII - Exigem a revisão dos critérios para a composição dos Tribunais Superiores e do CNJ, dando-se ênfase a valoração ao saber e experiência jurídicas, livre de ingerências de ordem política.


VIII - Desejam o estabelecimento de critérios subjetivos e normas para sabatina e aferição de conhecimento para preenchimento de vagas do Quinto Constitucional, afastando-se o critério estritamente político de escolha e promovendo-se amplo debate acerca da conveniência de sua extinção.


IX - Pugnam sejam as vagas de Ministros do STJ preenchidas com observância a origem dos candidatos, mantendo-se e respeitando-se o critério da proporcionalidade estabelecido pela Constituição Federal.


X - Reclamam a elaboração da nova Lei Orgânica da Magistratura , cujos estudos se projetam e perduram ao longo de vários anos, gerando impasses e conflitos prejudiciais ao Poder Judiciário, impondo-se a necessidade de ampla discussão com toda a Magistratura, máxime com a participação da Anamages como entidade autêntica e representativa da magistratura estadual nas discussões e estudos em curso.


h) Foro privilegiado


Defendem o fim do foro privilegiado, que somente deve persistir para casos excepcionais e estritamente em razão da prerrogativa de função do Presidente da República, do Presidente do Congresso e de suas Casas Legislativas, Governadores de Estado e Presidentes das respectivas Assembléias Legislativas e Tribunais.



i) Atentados



O Estado de Direito e os anseios de democracia são incompatíveis com atentados ou ações intimidatórias contra as Instituições da República como acontecido no Estado do Pará ou contra o Supremo Tribunal Federal, devendo seus autores ser tratados como marginais que são, identificados e punidos com todo o rigor e na forma da lei.



A magistratura estadual brasileira reafirma sua posição em defesa da Democracia e no respeito às normas constitucionais e à ordem jurídica como um todo, esperando, e confiando, em que os Poderes da República criem as condições para a implantação de uma Justiça rápida, eficiente e capaz de garantir, efetivamente, o Estado de Direito.



Belo Horizonte, 9 de agosto de 2008



Firmaram o presente manifesto os seguintes diretores: Des. Mauro José Nascimento Campelo - Vice-Presidente Sócio- Cultural-Desportivo; Juiz Rafael Andrade - Vice-Presidente Financeiro; Juiz José Anselmo de Oliveira - Diretor da Justiça Eleitoral; Juíza Karin Liliana Mendonça - Diretora da Escola Nacional de Magistratura - ENAMAGES; Juiz Robson Barbosa de Azevedo - Diretor da Regional Centro-Oeste; Juiz Carlos Hamilton Bezerra Lima - Diretor da Regional Nordeste; Juiz Antonio Francisco Gil Barbosa - Diretor da Regional Norte; Juíza Wilka Pinto Vilela, Diretora Extraordinária para o Estado de Pernambuco; Juíza Marielza Brandão Franco - Diretora da Regional Nordeste II; Juiz Agenor Alexandre da Silva - Conselho Diretor do Estado de Tocantins; Juiz Tiago Gagliano Pinto Alberto - Conselho Diretor do Estado do Paraná.


Está conforme o original.


Des. Elpidio Donizetti - Presidente da Anamages


Juiz Antonio Sbano - Secretário - Geral

Ministro Gilmar Mendes foi alvo de arapongagem



Relatório reservado da secretaria de Segurança do STF informa: Gilmar Mendes, presidente do tribunal, foi alvo de espionagem clandestina.


Varredura eletrônica realizada em 10 de julho detectou um sinal de rádio freqüência na sala número 321 do Supremo.


É a sala do assessor-chefe da presidência do STF. Ali, Gilmar Mendes reúne-se com seus assessores, para acertar os termos de seus despachos.


O sinal de rádio, anota o relatório, era de “intensidade forte”, na faixa de 285.0550 Mhz.


Algo que levou o equipamento eletrônico usado na varredura a “registrar o alerta máximo de uma provável escuta.”


“O sinal detectado é altamente suspeito, e vinha de fora do STF”, prossegue o relatório do STF.


“...O que nos leva a suspeitar de um possível monitoramento, que pode ter ocorrido nas proximidades do edifício sede” do tribunal.


Deve-se a Diego Escosteguy e Policarpo Junior, repórteres de Veja , a revelação da novidade.


Uma novidade que ganha contornos incômodos quando associada a episódios obscuros que permeiam os subterrâneos da Operação Satiagraha.


No dia 9 de julho, véspera da inspeção na sala em que o presidente do STF esboça suas decisões, Gilmar Mendes tomara uma decisão que lhe renderia críticas acerbas.


Foi nesse dia que o ministro mandou soltar, pela primeira vez, Daniel Dantas, o mandachuva do Opportunity.


Em 10 de julho, mesmo dia da varredura, Gilmar Mendes foi procurado pela vice-presidente do TRF de São Paulo, desembargadora Suzana Camargo.

Conforme noticiado à época pela repórter Renata Lo Prete, da Folha, Suzana alertara Gilmar sobre a possibilidade de seu gabinete ter sido monitorado.

A desembargadora relatara ao presidente do Supremo um diálogo que mantivera com o juiz Fausto de Sanctis.


De Sanctis é o responsável pela expedição dos dois mandados de prisão que levaram Daniel Dantas à carceragem da PF. Ambas revogadas por Gilmar Mendes.

De acordo com o relato de Suzana a Gilmar, o magistrado teria dito a ela que a PF bisbilhotara a presidência do STF.


Mais: De Sanctis teria exibido irritação ao detectar entre os diálogos captados clandestinamente críticas de Gilmar à inconsistência jurídica da prisão.

O juiz nega que tenha feito tais considerações. Mas Gilmar Mendes confirma que, de fato, fez as críticas à atuação do magistrado De Sanctis.


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Mais fotos de Pequim 2008 no Le Figaro de hoje

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Veja mais fotografias de Pequim 2008 no Le Figaro

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Lula quer as Olimpíadas

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Em uma entrevista exclusiva à BBC, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o direito do Brasil de sediar os Jogos Olímpicos de 2016, para fazer uma Olimpíada democrática que será assistida pelos 'pobres' da América do Sul.


Veja

Russos avançam sobre região rebelde da Geórgia

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Cerca de 150 tanques e outros veículos militares russos entraram nesta sexta-feira na capital da Ossétia da Sul, região separatista da Geórgia, apenas horas depois de o governo da Geórgia anunciar que havia tomado controle da cidade, Tskhinvali.


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Entenda o que está acontecendo

Pequim 2008 : Foto do Paris Match de hoje


O eixo do mal, às vezes, se apresenta belo, porém cruel como sempre.

Cuidado : brinquedos com defeito da Matell

Brasília - A multinacional Mattel, maior fabricante de brinquedos do mundo, convocou hoje (8) recall de cerca de 3 mil unidades do brinquedo Panelas e Potes, que podem apresentar problemas na fixação de parafusos e liberar bolinhas que, se aspiradas ou ingeridas, podem provocar asfixia.



Os consumidores que tiverem o produto com defeito podem trocá-lo por outro ou solicitar o reembolso do valor pago. De acordo com informações da Mattel, em alguns conjuntos, a panela azul está sem os parafusos que fixam o fundo plástico. Sem os parafusos, o fundo plástico transparente pode se soltar e liberar pequenas bolinhas que, se aspiradas ou ingeridas, podem causar asfixia. O produto é voltado para crianças de seis meses a três anos de idade.


O consumidor deve entrar em contato com a empresa pelo telefone 08007701207 (ligação gratuita) ou pelo endereço eletrônico www.recallmattel.com.br . De acordo com a Fundação Procon de São Paulo, por se tratar de possibilidade de acidente com risco à saúde e segurança das crianças, o atendimento deve ser de imediato.


Se o consumidor tiver qualquer dificuldade para obter orientações, efetuar a troca ou reembolso, deve procurar um órgão de defesa do consumidor, segundo recomendação do Procon.


Em 2007, a Mattel teve que realizar dois recalls de brinquedos da linha Polly Pocket e acessórios da boneca Barbie. A empresa chegou a ter as licenças de importação suspensas pelo governo. (Luana Lourenço - Repórter da Agência Brasil)



Não importa o crime, prova ilegal tem de ser rejeitada

Por mais importante que seja o crime apurado a partir de uma prova ilícita, os juízes não devem aceitá-la. Se a prova, além de ilícita, afronta garantias constitucionais, não cabe aplicar o princípio da razoabilidade para garantir o prosseguimento da ação penal. A conclusão é da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, ao julgar procedente o pedido do dono de um escritório de contabilidade para anular todo o processo a que ele respondia por crime tributário.


O recado do Supremo é claro. Se não forem obedecidas as regras legais, todo o trabalho para processar e julgar desde um réu como ex-presidente Fernando Collor até um contador, como no caso presente, terá sido em vão. Independente das acusações que pesem contra os réus, se as provas foram obtidas ilegalmente, devem ser consideradas inválidas. O mesmo vale para as chamadas provas "derivadas", ou seja, aquelas que foram obtidas com dados de investigações irregulares anteriores.


Para o ministro Celso de Mello, relator do HC, é necessário rejeitar a "crescente predisposição para flexibilização dos comandos constitucionais aplicáveis na matéria". O ministro citou o constitucionalista Luis Roberto Barroso, que junto à Ana Paula de Barcellos, chamam a atenção para o risco de se admitir provas ilícitas com base no princípio da proporcionalidade. "Embora a idéia da proporcionalidade possa parecer atraente, deve-se ter em linha de conta os antecedentes de país, onde as exceções viram regra desde sua criação", afirmam.(Marina Ito do CONJUR)


Continue elndo no CONJUR

Leia aqui a Lei que assegura a inviolabilidade dos escritórios de advocacia

Brasília - Está publicada na edição de hoje (8) do (clique e leia) Diário Oficial da União a Lei n.º 11.767, que trata da inviolabilidade dos escritório de advocacia. O texto altera o art. 7º da Lei no 8.906, de 4 de julho de 1994, incluindo um inciso.




A lei sancionada ontem (7) pelo presidente da República em exercício, José Alencar, garante "a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática [mensagens via e-mail], desde que relativas ao exercício da advocacia".


Ainda, segundo o texto, caso haja indícios de autoria e provas do crime por parte do advogado, o juiz "poderá decretar a quebra da inviolabilidade, expedindo mandado de busca e apreensão, específico, a ser cumprido na presença de representante da OAB [da Ordem dos Advogados do Brasil], sendo, em qualquer hipótese, vedada a utilização dos documentos, das mídias e dos objetos pertencentes a clientes do advogado averiguado". (Fonte ABr)


ANAMAGES :Efetividade das Normas Constitucionais, mais de mil pessoas presentes


Mais de 1.000 pessoas, entre juízes, advogados e estudantes de quase todos os Estados do país participaram, na noite desta quinta-feira, 07 de agosto, da abertura do Congresso Jurídico promovido pela Associação dos Magistrados Estaduais (ANAMAGES), com o apoio do curso Aprobatum, no Hotel Ouro Minas, em Belo Horizonte. A palestra inicial foi proferida pelo presidente da entidade, desembargador Elpídio Donizetti, que falou sobre a "Eficácia das Normas Constitucionais". Em seguida, o o professor Doutor Luís Roberto Barroso falou sobre "A Reconstrução Democrática do Brasil". O congresso vai até sábado e é realizado em homenagem aos 20 anos da Constituição Cidadã.


"Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Esse trecho do artigo 5º da Constituição Federal foi alvo de debates em todo o país devido à "lista suja", apresentada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), no dia 22 de julho. A divulgação desta relação gera reações polêmicas: Essa atitude é ética? Onde fica a honra do candidato? E se ele for inocente? E o princípio da presunção da inocência, como ele é encontrado neste caso? Será que esta atitude está dentro do que rege a Constituição Federal?


Para debater sobre esta e outras questões relacionadas ao universo do Direito Constitucional, diversas autoridades do meio jurídico nacional estão chegando a Belo Horizonte para participar do I Congresso Jurídico "Efetividade das Normas Constitucionais". Organizado pela Associação Nacional dos Magistrados Estaduais (Anamages) em parceria com o Curso Aprobatum. O evento será no Ouro Minas Hotel e traz, dentre outros participantes, a presença dos ministros do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello e Carmem Lúcia Antunes Rocha, além do presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Orlando Adão Carvalho, e o vice-governador do estado de Minas Gerais, Antônio Augusto Junho Anastasia.


O princípio da presunção de inocência está entre as principais garantias constitucionais do cidadão brasileiro, ao estabelecer que todo e qualquer acusado deve ser considerado inocente até a decisão final, contra a qual não caiba mais recurso, independente da acusação que lhe seja imputada. Ou seja, ninguém pode ser considerado culpado antes da sentença final, que advirá após lhe ser garantida a ampla defesa e o contraditório, dentro do devido processo legal.


De acordo com o presidente da Anamages, desembargador Elpídio Donizetti, um dos fatores a serem analisados nesta questão é a desconfiança da população brasileira junto às instituições públicas. Tal descrédito, acredita o magistrado, tem origem na "imoralidade administrativa e na ausência de pronta repressão aos saques contra o erário público, afora outras chagas do estado brasileiro, que conduziram à descrença popular nas instituições democráticas". O magistrado recorda que essa incredulidade desencadeia o momento ideal para as autoridades do país desrespeitarem as normas da constituição: "Essa absoluta incredulidade, por sua vez, constitui o terreno fértil onde vicejam as inoportunas e indevidas declarações das mais altas autoridades do país, do jogo de cena, do "estado policialesco", enfim, do desrespeito às mais elementares garantias constitucionais, entre as quais sobressaem-se a presunção de inocência e o devido processo legal", completa.


Sobre a atitude da Associação dos Magistrados Brasileiros em divulgar esta lista, o membro da 18ª Câmara Cível do TJMG reforça o papel da instituição, mesmo contrário a sua atitude: "A AMB, por força de seu próprio estatuto, pode postular em nome de todos os magistrados. Tal postulação, entretanto, tem seus limites determinados pela preservação das garantias inerentes à função jurisdicional, as quais, em última análise, só se justificam em nome da imparcialidade das decisões", ressalta.


Pesos e medidas diferentes


Para o desembargador Elpídio Donizetti, esta medida da AMB transparece um conflito na sociedade brasileira. Ao apontar que um candidato a cargo eletivo pode estar respondendo ações judiciais enquanto pretende ser eleito, cidadãos comuns que buscam um emprego podem ser prejudicados por uma simples falha: "O juiz não é insensível à absoluta falta de controle no que tange ao registro de candidatos.


Qualquer cidadão, por uma simples anotação em seu prontuário, é impedido de exercer a função de gari, de varrer as ruas da cidade; o postulante de um emprego em instituição financeira não pode assumir o cargo se o seu nome figurar nos cadastros restritivos de crédito; notório é o caso do bacharel que aprovado no concurso para juiz que foi impedido de assumir o cargo, porquanto acusado de ter discutido e desacatado o guarda da esquina; entretanto, nada impede que o candidato a presidente da República registre a sua candidatura, ainda que contra ele tenham sido instauradas dezenas de ações penais por "roubar" o dinheiro do povo. São muitos pesos e muitas medidas", explica o presidente da Anamages.


Em busca de encontrar uma solução para o conflito, o magistrado acredita que o juiz deve atuar de maneira que garanta a eficácia da constituição: "A Anamages, juntamente com outras entidades de classes, não tem medido esforços no sentido de mudar a lei. Enquanto não muda a lei, é de se esperar que o juiz, entre as várias interpretações possíveis, escolha aquela que mais se coaduna com as garantias constitucionais, sobretudo as que se referem à moralidade, ao devido processo legal, à intimidade e à honra". Segundo o desembargador do TJMG, essa atitude da AMB revoltou diversos juristas brasileiros: "O comprometimento da isenção e o desrespeito às garantias constitucionais não se insere no ideário da serena e honrada magistratura brasileira, daí a indignação dos magistrados, sobretudo juízes estaduais que compõem a justiça eleitoral, os quais, em momento algum, autorizaram a AMB a dar início à citada campanha midiática".


E a atividade do juiz?


Sobre a atitude da Associação dos Magistrados Brasileiros, o desembargador Elpídio Donizetti reforça o papel que deveria ter sido feito: "Ressalte-se que a uma associação de magistrados, ainda que se trate de entidade civil, não assiste o direito de fazer mobilização popular ou lançar nomes em lista negra e divulgá-la publicamente. O magistrado, ao assumir o cargo, impõe a si uma série de limitações, entre elas o de abster-se da vida política, ainda que pela via oblíqua de sua entidade de classe".


Já sobre a atividade do juiz, o presidente da Anamages faz uma consideração: "Ao juiz, evidentemente, não se nega o exercício dos direitos inerentes à cidadania. Entretanto, a ele não se permite a emissão de juízos extra-autos, pela via política da mobilização popular, sobretudo quando evidente o desiderato de interferir na composição dos demais poderes. Ao magistrado não compete proceder à seleção dos puros, principalmente quando alicerçada em manifesto juízo discriminatório e arbitrário".(Fonte Boletim ANAMAGES)

Ameaça ao Supremo

Brasília - A Polícia Federal foi acionada pela administração do Supremo Tribunal Federal (STF) depois que, por volta das 17h45 de hoje (7), em um telefonema anônimo alguém informou que havia uma bomba no terceiro andar do edifício principal, onde está o gabinete do presidente, ministro Gilmar Mendes. A Polícia Federal fez uma varredura no terceiro andar do prédio principal, depois que determinou a evacuação de todo o andar.


Segundo a assessoria de imprensa do STF, logo após o telefonema o funcionário do gabinete de Gilmar Mendes, encarregado de abrir a correspondência do ministro, abriu um envelope que continha um pó branco, com um cheiro muito forte. Segundo a assessoria, o conteúdo da correspondência era muito ofensivo ao presidente da Corte. O teor da mensagem não será divulgado.


Na hora do telefonema anônimo, o ministro Gilmar Mendes não se encontrava mais no prédio. Tinha seguido para o aeroporto, onde embarcou para São Luiz, onde vai participar de um evento. Essa foi a segunda ameaça de bomba no período de quinze dias.(ABr)

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Presidente da Câmara elogia decisão do Supremo sobre inelegibilidade

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Brasília - O presidente da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), considerou acertada a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de não impedir a candidatura de políticos que respondem a processos criminais.


"Me preocupa muito aquilo que pode ser um pré-julgamento antes da palavra final", afirmou o deputado.


Chianglia disse que é preciso definir o que é "ficha suja". "Se é quem está sendo investigado, se é quem ainda vai ser julgado. Se você antecipa, não é candidato apenas, mas qualquer um que tem uma ficha suja você está antecipando de alguma maneira uma condenação, mesmo que ela não venha a ocorrer".


De acordo com o deputado, o fato do Supremo ser a última instância não significa que está certa a decisão. "Mas nesse caso eu acho que o Supremo deu equilíbrio a duas coisas. Primeiro a uma preocupação legítima da sociedade, que não aceita e não quer comprar gato por lebre, e em segundo lugar, há que se compatibilizar esse desejo da sociedade com os mecanismos", disse.


O presidente da Câmara disse que quando o STF decide a questão, ele está jogando para pelo menos dois contingentes: os partidos políticos que têm que ter a responsabilidade de ao apresentarem seus candidatos responder por eles integralmente e à própria sociedade que cabe julgar o político.(Iolando Lourenço -Repórter da Agência Brasil)

Gilmar Mendes, Presidente do STF: O Direito deve ser achado na lei e não na rua

O ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, julgou improcedente a Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF 144). Segundo ele, embora a maior parte da opinião pública esperasse do Supremo a decisão de dar aos juízes eleitorais a possibilidade de rejeitar candidaturas de réus em ações penais e processos de improbidade administrativa, a Corte não deve julgar o assunto gerando injustiças. "Cada vez mais nós sabemos que o Direito deve ser achado na lei e não na rua", afirmou.


De acordo com o presidente do STF, é compreensível a repercussão do tema na opinião pública. "A população passa a acreditar que a lista (com os nomes dos candidatos que respondem a processos) será a solução de todas as mazelas, mas a missão dessa Corte constitucional é aplicar a Constituição ainda que essa decisão seja contrária ao pensamento da maioria", completou. "Essa fórmula mágica produziria uma hecatombe, injustiças em série", previu.


Gilmar Mendes traçou um paralelo entre a posição da opinião pública sobre as candidaturas de réus em ações judiciais e o comportamento do povo na crucificação de Jesus Cristo, ao pedir sua condenação sem que houvesse nele dolo. "Isso era contrário do que se pressupõe na democracia crítica, porque (aquela democracia) era totalitária e instável, portanto extremista e manipulável", destacou.(Fonte STF)

Supremo suspende ação penal contra ex-diretor da Previ

O ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu ação penal que tramita na 5ª Vara Federal no Rio de Janeiro contra o ex-diretor de Investimentos da Caixa de Previdência dos Funcionários do BB (Previ), Derci Alcântara. A decisão foi dada no dia 30 de julho, no período de recesso forense do Tribunal.


O Habeas Corpus (HC 95515) foi impetrado no Supremo pelo Banco do Brasil (BB) a fim de arquivar a ação penal ajuizada contra o ex-diretor, denunciado em 2001 por gestão fraudulenta (Lei 7.492/86), por conta de uma operação de aquisição de ações da Inepar pelo Fundo. De acordo com o Ministério Público, Alcântara teria participado ativamente de decisões em que a Previ concedeu empréstimos dissimulados à Inepar, na época da liquidação de parcelas referentes ao leilão da Telemar - hoje a empresa de telefonia "Oi".


Concessão da liminar


De acordo com o ministro Gilmar Mendes, no caso concreto, a matéria não foi, de início, inteiramente apreciada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Por essa razão, "resta sem análise o argumento de atipicidade da conduta ante a conclusão final da Secretaria de Previdência Complementar, atestando a total legitimidade da conduta do paciente [Derci Alcântara] enquanto no exercício do cargo de Diretor".


O presidente do STF informou que o recurso foi negado pelo STJ, e com base nessa decisão se conclui que o voto majoritário teve fundamento no entendimento de que o atestado de legalidade das operações, emitido pela Secretaria de Previdência Complementar e pela CVM, não retira do Ministério Público o direito de persecução penal.


"Porém, do exame dos autos resulta que a denúncia ministerial estaria baseada justamente nas primeiras conclusões tiradas pela Secretaria de Previdência Complementar, quando iniciado o procedimento de apuração, com isso atribuindo a prática delituosa ao paciente, não obstante, em decisão final, a mesma Secretaria tenha concluído pela total licitude das condutas, ao examinar esclarecimentos prestados pela PREVI a respeito", ressaltou o ministro Gilmar Mendes.


Assim, Mendes considerou plausível o argumento de falta de justa causa para a ação penal contra Derci Alcântara. O ministro deferiu a liminar, determinando a suspensão do processo com relação ao ex-diretor até o julgamento final deste habeas corpus, "sem prejuízo de reexame da matéria pelo Relator sorteado".(Fonte STF)

Ministro Gilmar Mendes : exposição degradante no uso de algemas


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"O juízo geral é de que está havendo uma exposição excessiva, degradante, afrontosa à dignidade da pessoa humana, e o Tribunal então se sentiu no dever de se pronunciar com a celeridade adequada sobre este tema, no interesse geral". Com essa declaração, o ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), explicou para os jornalistas a decisão da Corte, tomada na tarde desta quinta-feira (7), de aprovar uma nova Súmula Vinculante para restringir o uso de algemas.


Após conceder Habeas Corpus para que seja realizado novo julgamento para um pedreiro acusado de homicídio, porque ele permaneceu algemado durante todo seu julgamento perante o Tribunal do Júri, Gilmar Mendes, confirmou que a Corte aprovou o conceito da nova Súmula Vinculante. "A súmula vai traduzir o pensamento de que a algema só se usa em caso de possibilidade de fuga, ou em caso de eventual possibilidade de agressão, tal como já vem se recomendando na doutrina, e também em certa legislação", disse Gilmar.


Questionado pelos jornalistas que acompanharam a sessão sobre como a decisão do STF vai ser aplicada na prática, Gilmar Mendes revelou que a partir da orientação que o Tribunal vai emanar, assim que aprovar a redação final da Súmula Vinculante, deverão surgir orientações nas próprias Secretarias de Segurança, no âmbito da Polícia Civil e da Polícia Militar. "A partir daí, qualquer descumprimento ou não observância vai dar ensejo a reclamação para o STF", explicou o presidente da Corte.


O relator do Habeas Corpus (HC 91952) julgado hoje, ministro Marco Aurélio, também conversou com os jornalistas. Ele concordou com o presidente da Corte, no sentido de que todos os ministros do STF deixaram claro que a algema não pode ser uma forma de se degradar, de se execrar o cidadão aos olhos da população. O ministro ficou responsável por elaborar o texto da nova Súmula, que será submetido para aprovação do Plenário da Corte.


A legislação brasileira reserva o uso de algemas para as situações excepcionais, em que há periculosidade, em que há risco de fuga, disse Marco Aurélio. Ele lembrou que a Constituição Federal tem normas que revelam que o Estado tem que preservar a integridade física e moral do preso. "O preso um dia, mesmo condenado, voltará ao convívio dos concidadãos, voltará à sociedade".


Marco Aurélio disse que o caso julgado nessa tarde é emblemático. "Em um julgamento perante o TJ não havia sequer ''periculosidade'' econômica-financeira, porque o paciente [acusado] era um pedreiro. Ele foi julgado algemado. A impressão dos jurados leigos: que seria um acusado de alta periculosidade, uma verdadeira fera".


No final da entrevista, Marco Aurélio disse que entende que no caso Satiagraha houve demasia na atuação da polícia. "As três pessoas foram apenadas sem o devido processo legal, mediante a imposição das algemas", concluiu o ministro.

STF : algema só em casos excepcionais



Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, nesta quinta-feira (07), que o uso de algemas só deve ser adotado em casos excepcionalíssimos, pois viola o princípio da dignidade humana estabelecido no rol dos direitos e garantias dos cidadãos (artigo 5º), previsto na Constituição Federal (CF).


Diante da importância do assunto, o Tribunal decidiu, também, editar uma súmula vinculante contendo o enunciado da decisão de hoje. Além disso, determinou a remessa de cópias da decisão de hoje ao Ministro da Justiça e aos Secretários de Segurança Pública dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal.


A decisão foi tomada no julgamento do Habeas Corpus (HC) 91952, em que a Corte anulou a sessão de julgamento do Tribunal do Júri de Laranjal Paulista (SP), que condenou Antonio Sérgio da Silva por homicídio qualificado (artigo 121, parágrafo 2º, incisos II, III e IV). Os ministros aceitaram o argumento da defesa de que o réu sofreu constrangimento ilegal por parte da juíza-presidente do Tribunal do Júri, que decidiu manter o réu algemado durante a sessão, sem a devida justificativa.


Levaram em conta, também, o argumento de que o fato de o réu permanecer algemado perante os jurados influiu na decisão. O processo foi relatado pelo ministro Marco Aurélio, que, diante da importância da matéria, decidiu levá-la diretamente ao Plenário, sem apreciar, previamente, o pedido de liminar. Caberá a ele levar ao Plenário a proposta da redação da súmula vinculante a ser editada pela Corte.(Fonte:STF).


Nossa opinião : Ainda bem. O Supremo Tribunal Federal está colocando ordem na casa.

O sagrado direito de defesa violado

por Gláucia Milicio


Para acabar definitivamente com as barreiras que impedem advogados de ter acesso a inquéritos e denúncias que tramitam sob sigilo, o Conselho Federal da OAB pediu ao Supremo Tribunal Federal que edite uma Súmula Vinculante que garanta a prerrogativa. "Colocar fim às reiteradas condutas violadoras das prerrogativas profissionais da advocacia", é o que pretende a OAB.


A entidade afirma que os abusos não ferem somente as prerrogativas da classe, mas principalmente os direitos que assistem ao indiciado, ainda que se trate de procedimento investigatório sob sigilo. Para embasar o pedido, a OAB cita diversos julgados e a jurisprudência do próprio Supremo no sentido de que o advogado do indiciado pode ter acesso aos autos, independentemente de estar ou não sob sigilo.


A OAB ressalta, no entanto, que muitos juízes, principalmente os federais, continuam negando o acesso. "A posição do Supremo nessa matéria vem sendo ignorada com freqüência e, quando não, é distorcida de tal maneira que chega a ter como conseqüência a negativa do direito de vista", afirma a OAB. A ação é assinada pelo presidente nacional da entidade, Cezar Britto, e pelo secretário-geral adjunto do Conselho Federal da OAB, Alberto Zacharias Toron.


"O caso em exame põe em evidência uma situação que não pode ocorrer, nem continuar ocorrendo, pois a tramitação de procedimento investigatório em regime de sigilo não é contrario ao direito de acesso aos autos do inquérito policial, pelo indiciado, por meio do advogado, sob pena de inqualificável transgressão aos direitos do próprio indiciado", afirmou Britto.


A Ordem acrescenta que, a cada nova operação da Polícia Federal, a vista de inquéritos pelos advogados constituídos é novamente bloqueada. Classificando essa conduta como "inaceitável violação à garantia do direito de defesa", a OAB sustenta a necessidade de edição de uma Súmula Vinculante pelo STF.


Nossa opinião : A OAB está com toda a razão. O Brasil, no que concerne ao direito de defesa do indiciado está passando por um verdadeiro período de trevas.


Teima-se em considerar o inquérito sigiloso, atendo-se ao texto do Código de Processo Penal da era getuliana, época da mais sangrenta ditadura ocorrida nesse País. Nem mesmo sob a égide da Emenda Constitucional número 1,de 1969, se viu negar o sagrado direito de defesa como agora.


Esqueceram-se que esse texto nunca foi dirigido ao advogado da parte, porque para a parte e seu advogado não pode existir sigilo em processos penais que se tornam kafkianos.


Vamos aplicar a Carta Magna de 1988. Esse comportamento ou é eivado de má-fé ou de pouca inteligência.


É urgente a promulgação de uma súmula vinculante pelo Supremo Tribunal Federal.


É urgente uma nova lei que tipifique casos esses casos como de abuso de autoridade.


Continue a ler toda a notícia no CONJUR

Acusado na operação Monte Líbano quer Habeas Corpus

O empresário libanês ROLAND FEIERTAG, acusado de sonegação fiscal, corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha e crimes contra a União, preso na Operação Monte Líbano, da Polícia Federal, entrou com pedido de revogação da prisão preventiva no STJ.


O Ministério Público Federal (MPF) denunciou Roland. e mais 13 pessoas investigadas pela Operação Monte Líbano. Em dezembro de 2007, foi decretada a prisão do empresário e de mais sete participantes, todos acusados de movimentar ilegalmente cerca de R$290 milhões no ano passado.


A defesa do empresário recorreu ao STJ de decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) que manteve a prisão preventiva do acusado.


As investigações da Polícia Federal revelaram que a quadrilha que atuava no setor de exploração mineral no estado do Espírito Santo (ES), estava envolvida com esquemas de sonegação de contribuições do INSS e da Receita Federal, tráfico de influência além de crimes contra o meio ambiente e organização do trabalho.

Bush arrocha China antes de viajar a Pequim

Por Matt Spetalnick

BANGCOC (Reuters) - Apenas algumas horas antes de voar para Pequim para a Olimpíada, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pressionou a China em público para melhorar sua política de direitos humanos.


Em um discurso em Bangcoc, na Tailândia, na véspera da cerimônia de abertura da Olimpíada, quando os olhos do mundo se voltarão para Pequim, Bush declarou sua "firme oposição" à detenção de dissidentes na China, assim como de defensores de direitos humanos e ativistas religiosos.


Sua crítica ácida sobre a condição dos direitos humanos na China deve deixar irritada a liderança comunista do país. Ela foi acusada de tentar calar dissidentes antes dos Jogos, em vez de se preocupar em garantir mais liberdade, como prometido.


Nossa opinião : A China não respeita ninguém. E faz parte também do eixo do mal.


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Ex-ministro Antonio Palocci não aceita proposta para não ser julgado pelo Supremo

Jorge Mattoso, ex-presidente da Caixa Econômica Federal, deve aceitar a suspensão do processo no qual é acusado de quebrar o sigilo do caseiro Francenildo Costa em troca de uma pena alternativa, informa nesta quinta-feira a coluna de Mônica Bergamo, publicada pela Folha (a íntegra da coluna está disponível para assinantes do UOL e do jornal).


O advogado de Mattoso, Alberto Toron, disse que seu cliente só vai se manifestar sobre essa possibilidade caso a denúncia seja aceita pelo STF (Supremo Tribunal Federal).


A coluna informa ainda que o jornalista Marcelo Netto, ex-assessor do ministro Antonio Palocci (Fazenda) está "refletindo" sogre o assunto. Netto também acusado do vazamento.


O advogado de Netto, José Thomaz de Oliveira, diz que o problema de aceitar a troca é que uma das penas alternativas propostas é que o ex-assessor dê aulas. Netto nunca deu aulas.


Palocci não aceita pena alternativa


O advogado Guilherme Batochio, que defende o ex-ministro Antonio Palocci, afirmou que seu cliente recusa eventual proposta do Ministério Público para não ser julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) pela quebra de sigilo do caseiro Francenildo Costa.


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Decisão do Supremo em Ação da AMB tem efeito vinculante

Brasília - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, afirmou há pouco que não está preocupado com uma eventual repercussão negativa na sociedade em razão da decisão da Corte de permitir as candidaturas de políticos que respondem a processos penais sem condenação transitada em julgado.


"Um tribunal constitucional tem a missão, muitas vezes, de produzir decisões contrárias à opinião majoritária", disse Mendes, pouco depois do final do julgamento da ação apresentada pela Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), por meio da qual pretendia garantir aos juízes de primeira instância da Justiça Eleitoral a possibilidade de negar registro a candidaturas de políticos que respondem processos penais.


Mendes esclareceu ainda que a sentença do STF tem caráter vinculante, ou seja, deve ser seguida em todas as instâncias da Justiça Eleitoral.


O ministro também garantiu que a mesma regra aplicada aos candidatos vale para o cidadão que presta concurso público. "A jurisprudência do tribunal rechaça a possibilidade de alguém ser impedido de assumir cargo de concurso público pelo fato de estar respondendo a processo."


Vencido no julgamento, o ministro Carlos Ayres Britto, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), evitou criticar a decisão. "A democracia é o governo não da totalidade, mas da maioria. Os votos vencedores foram todos muito bem elaborados. Então, não há o que fazer de minha parte, senão aceder à vontade da maioria do Pleno do Supremo Tribunal Federal."(Marco Antônio Soalheiro-Repórter da Agência Brasil).


quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Lei dá prioridade ao idoso na restituição do Imposto de Renda

Agência Brasil


Brasília - A partir de hoje (6) a prioridade dos idosos no recebimento da restituição do Imposto de Renda é uma obrigação legal. A Lei n.º 11.765, publicada no Diário Oficial da União, acrescenta a determinação ao Artigo 3º do Estatuto do Idoso.


A Receita Federal já vinha adotando tal procedimento, mas agora a preferência das pessoas a partir de 60 anos é estabelecida por lei. De acordo com a Receita, dos contribuintes incluídos no primeiro lote de restituição do Imposto de Renda 2008, com ano-base 2007, 77,1% eram idosos, o que equivale a 1,063 milhão de contribuintes.

Protógenes vai ter que ir à CPI : STF acaba de indeferir liminar

O delegado federal Protógenes Queiróz vai ter que comparecer à CPI do grampo telefônico clandestino.


O Ministro Menezes Direito acaba de indeferir a liminar requerida em mandado de segurança para não comparecer hoje à CPI.

IGP-DI desacelera

SÃO PAULO (Reuters) - A inflação pelo Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) desacelerou mais que o esperado em julho, aliviado principalmente pelos preços dos alimentos in natura.


O IGP-DI subiu 1,12 por cento no mês passado, frente a 1,89 por cento em junho, informou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta quarta-feira.


Analistas consultados pela Reuters esperavam alta de 1,31 por cento, de acordo com a mediana de 17 projeções.


(Por Renato Andrade e Daniela Machado)


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Al Qaeda assume atentado na Argélia

DUBAI (Reuters) - O braço da Al Qaeda no norte da África informou que está por trás do ataque suicida de domingo na Argélia, de acordo com um comunicado publicado na Internet na quarta-feira.


Um carro-bomba explodiu perto de uma estação policial na cidade de Tizi Ouzou, a leste de Argel, no domingo, ferindo 25 pessoas incluindo quatro policiais.


O grupo, organização da Al Qaeda na região do Magreb Islâmico, identificou o militante responsável pelo ataque como Makhlouf Abou-Mariam e disse que seu caminhão carregava 600 quilos de um material explosivo não-identificado.


A explosão destruiu uma dúzia de carros, destruiu a fachada de um pequeno bloco de apartamentos, arrancou pedaços das paredes de prédios vizinhos e quebrou as janelas no centro da cidade.


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Casa Branca quer punir Irã


A BORDO DO FORÇA AÉREA UM (Reuters) - A Casa Branca disse na quarta-feira acreditar que as potências ocidentais terão de tomar novas medidas contra o Irã "que sejam punitivas", pois Teerã não deu uma resposta concreta aos pedidos para suspender suas atividades nucleares.
(Reportagem de Matt Spetalnick)

Nossa opinião : Esse é outro que faz parte do eixo do mal. Faz terrorismo psicológico, dizendo que tem foguete capaz de trazer bombas nucleares ao Ocidente. O Irã brinca com a verdade. Vê se dá um sossego.


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Bush : Coréia continua no eixo do mal


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Por Jeremy Pelofsky


SEUL (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse na quarta-feira que ao menos por enquanto a Coréia do Norte continua a fazer parte do "eixo do mal", mas que há esperanças de que um dia tal grupo de inimigos dos EUA deixe de existir.


Em 2002, num discurso ao Congresso, Bush disse que Coréia do Norte, Irã e o Iraque (então sob o regime de Saddam Hussein) formavam um "eixo do mal", pois eram países que buscavam armas de destruição em massa para atacar aliados dos EUA ou chantagear Washington.


Mas, depois de testar armas nucleares, recentemente a Coréia do Norte tomou medidas para desativar seu programa atômico militar, o que incluiu apresentar um inventário detalhado das suas atividades e destruir uma torre de resfriamento de água na velha usina de Yongbyon.


Mas Bush deixou um encontro com o presidente sul-coreano, Lee Myung-bak, dizendo que a exclusão de Pyongyang da lista de inimigos "ainda está por ser determinada". "Os abusos a direitos humanos dentro do país ainda existem e persistem. O líder norte-coreano ainda precisa esclarecer até que ponto teve um programa de urânio altamente enriquecido."


"Para sair da lista, da lista do 'eixo do mal', o líder norte-coreano terá de tomar certas decisões. Não posso prever as decisões do líder norte-coreano", acrescentou Bush, que no entanto viu um "passo positivo" na destruição da torre em Yongbyon.



Nossa opinião : Bush está com a razão. A Coréia do Norte está e nunca deixou de fazer parte do eixo do mal. Além disso, ainda pratica atos de terrorismo psicológico contra a Coréia do Sul. São víboras do mal.




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Protógenes entra com mandado de segurança para não comparecer à CPI dos grampos

O delegado de Polícia Federal Protógenes Queiróz entrou com mandado de segurança, com pedido de liminar para não comparecer, hoje, dia 6, na CPI dos Grampos Telefônicos. Protógenes alega que a sua ida à CPI poderá prejudicar a conclusão do curso que está fazendo na Polícia Federal.


Protógenes entrou com o mandado de segurança porque o Presidente da CPI, deputado Marcelo Itagiba, aliás também delegado de Polícia Federal, indeferiu o seu requerimento. O processo foi distribuido ao Ministro Menezes Direito e está com ele para decisão.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Cartel da carga aérea

Elaine Patricia Cruz


Repórter da Agência Brasil


São Paulo - O Ministério Público do estado de São Paulo ofereceu denúncia hoje (5) contra sete empresas do mercado de transporte de cargas aéreas, que teriam se unido para formação de cartel, fixando conjuntamente preços para serviços de transporte aéreo e eliminando a concorrência.


No inquérito policial foram denunciados dez responsáveis dessas sete empresas: Dener de Souza, gerente da American Airlines Cargo; Renata de Souza Branco, gerente da KLM Cargo; Paulo Jofily de Monteiro Lima, gerente da Air France Cargo; Javier Felipe Meyer de Pablo, gerente da ABSA Cargo; Herman Arturo Merino Figueroa, diretor da ABSA Cargo; Norberto Jochmann, presidente da ABSA Cargo; José Roberto Rodrigues da Costa, gerente da VarigLog; Carlo Winfried Uebele, diretor da VarigLog; Margareth de Almeida Faria, gerente da Alitalia; e Luis Fernando Costa, gerente da United Airlines.


A Lufthansa, por meio de um acordo de leniência com o Ministério Público e a Secretaria de Direito Econômico, entregou toda a ação da organização criminosa e, com isso, ganhou o benefício de ficar de fora da ação da penal.


Em entrevista à Agência Brasil, o promotor Roberto Porto explicou que a formação de cartel é crime, que pode resultar em até cinco anos de reclusão. Segundo ele, até mesmo a simples consulta ao concorrente já é considerado crime de formação de cartel. As empresas denunciadas também podem ser multadas pela Secretaria de Direito Econômico.


Segundo ele, a formação do cartel teve início a partir de 2003, com a introdução no Brasil do adicional de combustível. "O governo autorizava o aumento do adicional de combustível [que é somado ao valor total das tarifas de frete]. Esse adicional de combustível chegou a representar, na época dos fatos, quase 50% do valor do frete em transporte de carga aérea. A partir do momento em que o governo autorizava o aumento, as empresas concorrentes entravam em contato e combinavam, entre elas, a data da aplicação e o montante do aumento. Isso quebrava a concorrência e lesava o consumidor", disse o promotor.


"No momento em que o consumidor perde a possibilidade de adquirir o melhor preço por uma concorrência saudável, obviamente que ele é lesado. Ele pode buscar, de forma individual, o ressarcimento desse prejuízo por meio de órgãos ligados ao consumidor", explicou o promotor.


Entre as provas coletadas pelo Ministério Público estão e-mails (mensagens de correio eletrônico) trocados entre os membros da organização. Em um dos e-mails, Dener Souza, da American Airlines Cargo, recebe uma mensagem de Cleverton Vighy, da Lufthansa, perguntando: "vc [abreviação para você] está cobrando 0,30 ou não??? Nós, mesmo sem a aprovação oficial, estamos...".


Em outra troca de mensagens pela internet, datada de 4 de agosto de 2005, Renata de Souza Branco envia uma mensagem coletiva dizendo que "A AF Cargo e a KLM Cargo vão aderir à cobrança de US$ 0,45 por quilo como autorizado pelo DAC [Departamento de Aviação Civil - substituído pela Agência Nacional de Aviação Civil - ANAC]. Temos como data para implementação deste ajuste o dia 1º de setembro, com prévia comunicação aos nossos clientes, a fim de que tenham tempo hábil de se ajustarem junto aos exportadores". Como resposta, Margareth Faria envia a Cleverton Vighy a notícia de que "vamos aumentar a partir de 1º de outubro".


A VarigLog se defendeu afirmando que "a denúncia não é verdadeira" e que não pretende se pronunciar sobre o caso no momento. A Air France KLM informou que "ainda não foi notificada oficialmente" e que, quando isso ocorrer, pretende prestar todas as informações e ajuda às autoridades. A United Airlines disse que vai cooperar com o Ministério Público e assumir "seu compromisso de cumprir inteiramente com todas as leis internacionais e domésticas". Por telefone, a assessoria da American Airlines também contestou a denúncia e disse que Dener de Souza não é mais funcionário da empresa.


A Agência Brasil também tentou contato com as empresas Alitalia, ABSA Cargo e Lufthansa, mas não obteve retorno.

Supremo julga amanhã, 6, Arguição sobre a Lei de Inelegibilidade

Está com pauta marcada para amanhã, dia 6, o julgamento da Arguição proposta pela Associação dos Magistrados Brasileiros, Associação Nacional dos Membros do Ministério Público e Associação Nacional dos Procuradores da República que pretendem obter medida liminar para que os juízes e os tribunais eleitorais possam proceder ao exame da vida pregressa do candidato a cargo eletivo para o fim de deliberar pela rejeição ou não do seu registro. O Supremo Tribunal Federal vai julgar o seguinte :


ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL. INTERPRETAÇÃO JUDICIAL DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL. LEI DE INELEGIBILIDADE. REGISTRO DE CANDIDATO. VIDA PREGRESSA PROBRIDADE ADMINISTRATIVA E MORALIDADE PARA O EXERCÍCIO DO MANDATO. CF, ART. 14, § 9º. LEI COMPLEMENTAR Nº 64/90. SÚMULA 13 - TSE.


1.Saber se estão presentes os pressupostos e requisitos necessários ao conhecimento da presente ação de descumprimento de preceito fundamental.




2.Saber se estão presentes os requisitos para a concessão de medida liminar.




3.Saber se o § 9º do artigo 14 da Constituição Federal é auto-aplicável.




4.Saber se a justiça eleitoral pode proceder ao exame da vida pregressa do candidato a cargo eletivo para o fim de deliberar pela rejeição ou não do seu registro.



O relator é o ministro Celso de Mello. Todos já sabem que o ministro relator é eminentemente técnico. Não esperem julgamento político. Aguardem um julgamento técnico e ouçam com atenção. Não reclamem. Todos no Supremo Tribunal Federal entendem muito bem a letra e o espírito da Carta Política de 1988.


Supremo indefere Habeas Corpus ao casal Nardoni e jatobá

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Ellen Gracie indeferiu nesta terça-feira (5) Habeas Corpus (HC 95344) impetrado em favor do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. Acusados de assassinar Isabella Nardoni, 5, filha de Alexandre e enteada de Anna Carolina, eles continuarão detidos em presídios em Tremembé, em São Paulo.


A ministra Ellen Gracie aplicou ao caso a Súmula 691, que impede o STF de julgar habeas corpus contra liminar de tribunal superior. "No caso, não vislumbro a presença dos pressupostos que autorizam o afastamento da orientação contida na Súmula 691, do STF, sob pena de supressão de instância", disse Gracie.


Segundo a ministra, a decisão do ministro Napoleão Nunes Maia Filho, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que indeferiu o pedido de liminar para o casal está devidamente fundamentada, "apontando as razões de convencimento do relator, no sentido da existência dos pressupostos que autorizam a manutenção da prisão cautelar".


A ministra ressalta em sua decisão que não há, na decisão do STJ, "flagrante ilegalidade ou abuso de poder", motivos que permitiriam a superação da Súmula 691.


O casal está preso preventivamente por ordem da 2ª Vara do Tribunal do Júri da capital de São Paulo. O habeas corpus chegou ao STF no último dia 14 de julho. Nele, a defesa de Nardoni e Jatobá também alega que a decisão judicial que recebeu a denúncia deve ser anulada. (Fonte STF).

Ministro Cesar Peluzo concede liminar às operadoras contra determinação da CPI dos grampos

O ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liminar solicitada por operadoras de telefonia para desobrigá-las de enviar à CPI dos Grampos informações sobre as escutas telefônicas em processos protegidos pelo segredo de justiça.


As operadoras fizeram o pedido por meio de Mandado de Segurança (MS 27483) impetrado na última sexta-feira (1º) no STF. A CPI, instalada na Câmara dos Deputados, estipulou o prazo até o dia 3 de agosto para que as empresas de telefonia enviassem cópias das ordens judiciais de interceptações telefônicas cumpridas em 2007.


O prazo venceu no último domingo, e as operadoras não enviaram as informações por temerem conseqüências penais para seus dirigentes, pois todas as ordens judiciais de interceptação telefônica estão "acobertadas por segredo de justiça". E, caso enviassem esses dados para a CPI dos Grampos, poderiam ser acusadas de "violação de segredo de justiça das quais são guardiãs", podendo ser responsabilizadas criminalmente.


Decisão


O relator do caso, ministro Cezar Peluso, garantiu às empresas de telefonia o direito de não serem obrigadas a informar sobre as interceptações que estão protegidas pelo segredo de justiça. Ele considerou que "há risco de dano grave", pois se as empresas descumprirem a determinação da CPI, pode acarretar constrangimento à liberdade. Os trabalhos da comissão, por sua vez, não sofrem ameaça "porque eventual mau sucesso das impetrantes no julgamento definitivo deste pedido de segurança não provocará prejuízo algum à consecução dos altos propósitos que decerto inspiraram a deliberação da CPI". (Fonte STF).


Nossa opinião : E o risco era grande, uma vez que toda CPI adora mandar prender.

Imposto de renda : consulta ao terceiro lote será liberada na sexta-feira

Daniel Lima


Repórter da Agência Brasil


Brasília - A Receita Federal do Brasil vai liberar na próxima sexta-feira (8) a consulta ao terceiro lote de restituições do Imposto de Renda Pessoa Física 2008 (ano-base 2007) na internet. Outra alternativa é ligar para 146 e informar o número do CPF (Cadastro de Pessoa Física).


Desde junho, foram liberados 2.337.789 dos 24,3 milhões de declarações entregues este ano. O dinheiro do terceiro lote terá 3,91% de correção e estará disponível no próximo dia 15 nos bancos. O valor disponível não terá mais qualquer acréscimo, independentemente da data em que o contribuinte receba a sua restituição.


Pelas normas do imposto de renda, quem não informou o número da conta para crédito da restituição deverá procurar uma agência do Banco do Brasil, ou ligar para qualquer agência do BB ou para o BB Responde 4004-0001 nas capitais ou 0800-729-0001 nas demais localidades e pedir a transferência para qualquer banco em que tenha conta corrente ou poupança.


Se o contribuinte não concordar com os valores deve sacar o dinheiro e reclamar depois à Receita. A restituição ficará disponível no banco por um ano.

Inflaçao diminuiu na construção civil

Thais Leitão


Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro - A inflação medida pelo Índice Nacional da Construção Civil recuou em julho e fechou o mês em 1,03%. Em junho, o índice havia registrado alta de 1,24%. O resultado, no entanto, é superior ao verificado no mesmo período de 2007 (0,41%). Desde janeiro de 2008, o índice acumula alta de 6,36%, que é mais elevada do que a registrada nos seis primeiros meses do ano passado (3,58%).


A taxa acumulada nos últimos 12 meses (8,92%) também supera a fechada nos 12 meses imediatamente anteriores (8,26%). O custo nacional por metro quadrado passou de R$ 637,69 em junho, para R$ 644,23 em julho. Desse total, R$ 369,04 se referem a despesas com material de construção e R$ 275,19, com mão-de-obra.


Na composição do índice, a parcela dos materiais ficou praticamente estável, segundo o levantamento, apresentando alta de 1,4% em julho, depois de ter subido 1,44% de junho. No ano, o item material de construção acumula alta de 6,13% e, em 12 meses, de 8,98%. O custo da mão-de-obra apresentou alta de 0,53% em julho, menos do que a elevação de 0,96% registrada em junho. No ano, a mão-de-obra acumula acréscimo de 6,67% e em 12 meses, alta de 8,84%.


Entre as regiões, o documento revela que o Norte apresentou a maior variação (2,10%), puxada pelo movimento observado no Amazonas, que onde houve reajuste salarial em função de data-base. Em seguida, aparece o Centro-Oeste, com alta de 2,02%. No Sul, o índice ficou em 0,92% enquanto o Nordeste e o Sudeste apresentaram a mesma variação: 0,79%.


Observando os custos médios, o IBGE verificou que o mais elevado foi registrado na Região Sudeste (R$ 684,45). Em seguida, aparecem as Regiões Sul (R$ 640,05), Norte (R$ 631,36), Centro-Oeste (R$ 619,64 ) e Nordeste (R$ 598,66).


O levantamento do IBGE revela também que Roraima foi o estado que apresentou o custo de construção mais elevado por metro quadrado: R$ 732,40. O Rio de Janeiro, onde o metro quadrado custa em média R$ 721,00, aparece em segundo lugar, seguido por São Paulo (R$ 715,37). No outro extremo, aparece o Rio Grande do Norte com o custo mais barato por metro quadrado (R$ 560,07).

Meirelles quer manter inflação em 4,5%, em 2009

Isabela Vieira


Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro - O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse hoje (5), no Rio, que o objetivo do Banco Central é trazer o índice de inflação - que já ultrapassa 6% no acumulado dos últimos 12 meses - para o centro da meta, estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,5%, em 2009. Por isso, ele defendeu a política monetária da instituição, que utiliza o regime de metas da inflação para conter a escalada de preços e equilibrar a oferta à demanda.


Segundo Meirelles, o regime de metas e o ajuste de juros são medidas "ordenadas" da política do Banco Central, em contraposição à regulação feita pela própria inflação, outra estratégia para adequar oferta e demanda, e que já foi utilizada por governos anteriores.


"Não existe a médio e longo prazo essa alternativa de tentarmos manter indefinidamente um desequilíbrio via aceitar inflações elevadas", afirmou. "A inflação é uma forma de ajuste, mas desorganizadora e problemática", disse Meirelles.


Ao participar do Seminário Grau de Investimento, no Rio, Meirelles também falou sobre o bom momento da economia brasileira marcado pela "previsibilidade". Segundo ele, isso torna o país mais atraente para investimentos externos.


Nossa opinião : temos que acreditar na meta para que ela possa se tornar um fato.

Assembléia do Rio : comissão de Justiça decide que Natalino fica preso

Da Agência Brasil


Rio de Janeiro - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembléia Legislativa do Rio (Alerj) decidiu hoje (5) manter a prisão do deputado Natalino Guimarães (DEM), acusado de envolvimento com milícias da zona oeste da cidade. O parlamentar foi preso em flagrante, no último dia 21, pela Polícia Civil.


Dos sete membros da CCJ, apenas Domingos Brazão e o vice-presidente Álvaro Lins (ambos do PMDB) votaram contra a prisão de Natalino. Lins, aliás, passou por uma situação semelhante à de Natalino em maio deste ano, quando foi preso em flagrante pela Polícia Federal, por lavagem de dinheiro, corrupção e formação de quadrilha armada, mas acabou sendo solto, por decisão da Alerj.


Agora, a votação sobre a soltura ou manutenção na prisão de Natalino será levada amanhã (6) ao plenário da Alerj. A Assembléia tem a prerrogativa de soltar parlamentares presos em flagrante, desde que essa seja a vontade da maioria dos 70 deputados estaduais fluminenses.


Natalino Guimarães e seu irmão, o vereador Jerominho, que está preso desde dezembro do ano passado, são acusados de integrarem a milícia chamada de Liga da Justiça, que atua em diversos bairros da zona oeste do Rio. Em depoimento à Justiça do Rio, em maio deste ano, os dois negaram as acusações.

BNDES : inflação está diminuindo

Rio de Janeiro - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse hoje (5) que a inflação já está dando sinais de arrefecimento.


"Eu acho que já há sinais preliminares de que os preços de commodities [produtos agrícolas e minerais comercializados em bolsa no mercado internacional] pararam de subir. O preço do petróleo está recuando. Alguns preços de commodities metálicas estão recuando. [São] os primeiros sinais de que a recessão da economia mundial e a desaceleração da economia norte-americana, principalmente com seus efeitos sobre o sistema internacional, começam a moderar as pressões inflacionárias do ponto de vista global", disse durante seminário promovido pela Associação e Sindicato dos Bancos do Rio de Janeiro.


Mesmo reconhecendo que a queda da inflação ainda é muito preliminar, segundo ele as indicações são de inflexão da curva.


"Acho que a inflação já parou de subir e agora ela tende a infletir no sentido de redução", disse.


O presidente do BNDES salientou que o relevante não é dizer se a inflação vai superar os 6,50% fixados como limite superior da meta de inflação este ano.


"O relevante é a tendência. É o fato de que, aparentemente, nós estamos ultrapassando o pico das pressões, e vamos, daqui para a frente, poder administrar um processo de redução da inflação".


Coutinho disse que o BNDES ainda não sentiu diminuição de pedidos de financiamento do empresariado por conta da inflação. "A demanda está bastante firme. Não sentimos nenhuma desaceleração significativa da demanda por investimentos".


Ele defendeu que o ajuste ideal para o Brasil "é aquele ajuste que modere um pouco o crescimento do consumo e do gasto público, coisa que já vem sendo feita pelo Tesouro, e não afete o crescimento do investimento".


Para Coutinho, o investimento é o portador de oferta futura. "O investimento é que vai ajudar a sustentação do crescimento econômico com estabilidade", afirmou.


Nossa opinião : A queda da inflação é uma ótima notícia.

Álvaro Lins se complica



Da Agência Brasil


Rio de Janeiro - O Conselho de Ética da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) decidiu hoje (5) aprovar, por unanimidade, o relatório que pede a cassação do ex-chefe da Polícia Civil fluminense e deputado estadual Álvaro Lins (PMDB). Lins foi preso em flagrante pela Polícia Federal em maio deste ano, acusado de lavagem de dinheiro, corrupção e formação de quadrilha.


O relatório será encaminhado à Mesa Diretora da Alerj, que decidirá quando o caso será levado ao plenário. Lins foi preso no dia 29 de maio deste ano e solto, pela própria Assembléia Legislativa, no dia seguinte, já que os parlamentares consideraram que a prisão em flagrante foi ilegal.

Pressão para impedir candidatura de condenados com direito a recurso



Sabrina Craide


Repórter da Agência Brasil


Brasília - Representantes de entidades da sociedade civil reforçaram hoje (4) sua posição favorável ao movimento da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) para que que pessoas condenadas em primeira instância não possam concorrer a cargos públicos e alertaram que uma decisão contrária do Supremo Tribunal Federal (STF) pode trazer conseqüências negativas para outras esferas da sociedade.


Os ministros do STF devem julgar na próxima quarta-feira (6) a ação proposta pela AMB para permitir que juízes eleitorais possam negar registros de candidatura a políticos que respondam a processo criminal. O pedido contraria entendimento anterior do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que decidiu que o candidato só pode ter o registro indeferido quando houver condenação com trânsito em julgado, ou seja, com sentença definitiva.


O presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Fernando Mattos, lembrou que, se o STF decidir que as restrições só valem para quem for condenado em última instância, esse entendimento pode ser aplicado também a esferas administrativas, como nos concursos públicos.


"Imagine se uma pessoa com condenações na Justiça pudesse se candidatar a um concurso para juiz, para delegado de polícia, para promotor de Justiça. Imagine a instabilidade que isso traria para a sociedade", disse.


O presidente da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp), José Carlos Consenzo, também lembrou que as mesmas regras dos concursos devem valer para a política. "Hoje, quem faz concurso público tem que apresentar bons antecedentes. Por que não se pode aplicar a mesma regra para a política, que é muito mais ampla?", questiona.


Para ele, não é injusto restringir a candidatura de pessoas condenadas apenas em primeiras instância, pois elas têm direito à defesa. "A sentença de primeira instância é ampla, correta, perfeita, é quando as pessoas podem apresentar todas as provas possíveis", diz.


O presidente em exercício da Associação dos Magistrados do Brasil, Carlos Dell'Orto, mostrou-se confiante em uma decisão positiva do STF na próxima quarta-feira. Se isso acontecer, a inelegibilidade de candidatos condenados em primeira instância pode valer já para as eleições deste ano.


"A vida passada dos candidatos deve ser considerada para aferição da sua moralidade administrativa. Ou seja, se aquela pessoa tem efetivamente condições de gerir os recursos públicos. Uma pessoa que tenha condenação em primeiro grau, a nosso ver, já poderia não ser habilitada a ser candidata, porque já se demonstrou, a princípio, que ela não teria condições de gerir os recursos públicos", reforçou Dell'Orto.


Para o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Antônio Carlos Bigonha, os eleitores devem sempre se informar sobre a vida dos candidatos. "Independentemente da decisão do STF, os candidatos continuam com a vida pregressa, e ela é relevante para que o eleitor possa bem exercer o seu direito ao voto. Então, nós incentivaremos sempre que os eleitores tenham direito de acesso a essas informações, que são públicas", alerta.


Segundo o secretário-geral da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Dimas Lara Barbosa, as informações sobre os processos a que os candidatos estão respondendo são públicas, mas elas estão muito dispersas. "Nem sempre é fácil para o eleitor localizar essas informações. Mas ele deve se informar o máximo possível sobre a vida do seu candidato", adverte.


O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, formado por diversas entidades da sociedade civil, divulgou hoje (6) uma carta de apoio à ação da AMB. Além disso, a Ajufe, a Conamp e a ANPR informaram que vão se manifestar durante o julgamento como amicus curiae (amigos da corte).



Nossa opinião : é um absurdo a tentativa de várias entidades pressionar o Supremo Tribunal Federal a tomar uma decisão.


Deixem ao Supremo o que é do Supremo.


Não afirmem que isso só ocorre no Brasil, uma vez que temos o caso de Silvio Berlusconi, na Itália, que chega a ter quase 100 processos penais contra si e é primeiro-ministro.


E mais, ainda conseguiu aprovar lei que suspende os seus próprios processos, enquanto for primeiro-ministro.


E não se tem notícia que o Papa Bento XVI tenha tentado pressionar o parlamento italiano


O Supremo Tribunal Federal já tem demonstrado, durante toda a sua existência, que não aceita pressões.


É pois lamentável que ainda se tente pressionar a nossa Suprema Corte. Tenham a mais absoluta certeza, o que o Supremo decidir será o correto porque será a última instância.


A pressão causa mais antipatia do que simpatia.


Sua Santidade, o Papa Bento XVI, em seu obsequioso silêncio é um grande exemplo de prudência a ser seguido.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Carta contra a corrupção eleitoral

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Brasília - Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) apresenta carta em defesa das instituições públicas brasileiras, na sede da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB Foto: Antônio Cruz/ABr

Governo proibe plantação de cana-de-açúcar na Amazônia e no Pantanal

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Danilo Macedo


Repórter da Agência Brasil


Brasília - Não será permitida plantação de cana-de-açúcar na Amazônia e no Pantanal. As exceções serão as áreas de três usinas já instaladas nos estados do Acre, do Amazonas e do Pará, e uma com projeto aprovado no estado de Roraima, além das regiões do planalto pantaneiro onde já existem plantações há mais de 10 anos e em áreas degradadas.


A decisão foi tomada hoje (4) à noite, após mais de duas horas de reunião entre os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da Agricultura, Reinhold Stephanes. Minc considerou o resultado do encontro para tratar do zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar "bom para todo mundo".


"Estamos preservando, com esse acordo, o bioma amazônico e pantanal, não quebrando a produção já existente e colocando restrições que vão fazer com que ela se adeque à defesa do bioma, e não o contrário", afirmou, após o encontro, realizado no gabinete de Stephanes.


No planalto pantaneiro apenas será permitido o plantio direto, sem uso de máquinas ou agrotóxicos. Na planície, será proibido qualquer tipo de plantio de cana-de-açúcar. A intenção, segundo os ministros, é diminuir erosões e o assoreamento dos rios.


Segundo Minc, a fiscalização dessas áreas precisa ser feita em conjunto, "porque uma coisa é a filosofia do acordo e outra é o 'cumpra-se' do acordo".


Stephanes disse que o texto do acordo será encaminhado ao Palácio do Planalto para que seja analisado e depois tomadas as medidas necessárias a sua execução, o que pode levar até um mês.

Gilmar e Tarso vêem necessidade de nova lei para punir abuso de autoridade

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Elaine Patricia Cruz


Repórter da Agência Brasil


São Paulo - O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Gilmar Mendes, e o ministro da Justiça, Tarso Genro, protagonistas de uma discussão acirrada nas últimas semanas sobre a Operação Satiagraha, da Polícia Federal, manifestaram hoje (4) concordância sobre a necessidade de uma nova lei para coibir o abuso de autoridade policial.


"A lei atual é genérica e o sistema que previne o abuso de autoridade está muito fragmentado. Precisamos fazer um diploma novo, sanear as limitações e adequá-las à época em que vivemos", disse o ministro Tarso Genro, acrescentando que a lei poderia trazer regras sobre algum tipo de precaução contra a divulgação de informações caluniosas e difamantes, mas sem ferir a liberdade de imprensa.


Para Mendes, a lei atual que trata sobre abusos de autoridade, de 1965, está defasada. "Precisamos ter um controle dessas ações policiais", afirmou. "Não há na história universal qualquer exemplo de país que tenha preservado a democracia transformando a polícia em poder. Onde a polícia se transformou em poder, a democracia feneceu", disse o presidente do STF.


Tarso Genro e Gilmar Mendes participaram hoje de um debate promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo sobre o Estado Democrático de Direito, do qual também participaram o procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, e o presidente nacional da Ordem de Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto.


Durante o debate, Tarso defendeu o trabalho da Polícia Federal, mas criticou alguns "excessos", como o uso de algemas nas prisões e a falta de regulamentação nas escutas telefônicas. "Não podemos expor qualquer pessoa, seja ela quem for, de que nível social for, de que responsabilidade pública tiver. Há um apenamento antecipado por sua exposição pública na mídia. Isso é uma atitude arbitrária do estado, que tem que ser vencida", afirmou.


Segundo ele, o episódio em que o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta foi algemado e preso pela Polícia Federal durante a Operação Satiagraha e em que foi mostrado na televisão vestindo pijamas, por exemplo, ocorreu porque houve uma violação ao manual de conduta da Polícia Federal, segundo o ministro da Justiça.


O uso de algemas também foi novamente criticado pelo ministro Gilmar Mendes. "Nós vimos ontem um adversário político que é exposto com algema. Hoje somos nós. Não se pode brincar com este tipo de questão. No Estado de Direito não deve haver soberanos. Todos devem estar submetidos a estas regras básicas", disse. Para Mendes, mesmo "o criminoso tem direitos fundamentais" que precisam ser defendidos. "Combate à criminalidade sim, mas com respeito aos direitos fundamentais. Quem defende a observância dos direitos fundamentais não está assumindo a defesa da corrupção", disse.


Mendes também criticou o vazamento de operações da Polícia Federal, que teriam muitas vezes, segundo ele, "o intuito de danificar a imagem das pessoas de forma indelével", e defendeu a existência de varas de corregedoria de polícia no âmbito federal para fiscalizar, avaliar e até processar abusos no trabalho da PF.



Nossa opinião : Existe sim, a necessidade de uma nova lei para punir o abuso de autoridade em todas as suas formas e, para isso, é necessária a criação de novos tipos penais. Novas condutas puníveis. E é essencial que se admita a ação penal privada, isenta de todas custas, a cargo do ofendido ou de seu representante legal.

Julgamento em Guantánamo

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Uma fotografia-esboço do tribunal, do artista Janet Hamlin, mostra o réu Salim Hamdan, sentado dando o seu testemunho de defesa. Durou três dias o julgamento dos crimes de guerra no tribunal, na baía de Guantánamo.


Osama Bin Laden de forma livre e consciente jurou fidelidade e propagou serviços vitais para "os mais perigosos terroristas do mundo todo", disse o procurador aos jurados em seus argumentos finais no julgamento de crimes de terrorismo no Tribunal de Guantánamo.


Ao revés, os advogados de defesa de Salim Hamdan, alegaram que ele era apenas um trabalhador contratado, semelhante a empreiteiros prestadores de serviços..


Reuters / Janet Hamlin / Piscina


Continue a ler dando um clique na Reuters.

Limite de chumbo em tintas de uso infantil

Brasília - (ABr) Começa a contar a partir de hoje (4) o prazo de seis meses para que as fabricantes de tinta de uso infantil, escolar ou imobiliário limitem a 0,06% a concentração de chumbo metálico no peso dos produtos.


De acordo com a Lei n.º 11.762 publicada no Diário Oficial da União, o limite será determinado mediante ensaio em laboratório, em conformidade com as normas técnicas nacionais ou internacionais. Além disso, o prazo para a comercialização dos estocados é de um ano, a contar de hoje.



Estão excluídos da norma materiais de revestimento usados em equipamentos agrícolas e industriais, tratamento anticorrosivo à base de pintura, sinalização de trânsito e de segurança, veículos, aviões, embarcações e vagões de transporte ferroviário, artes gráficas, eletrodomésticos e produção artística.


O fabricante ou importador que deixar de atender o disposto na lei sofrerá sanções penais e cíveis como notificação, apreensão do produto e multa.

Papa envia à China seus melhores votos de sucesso à Olimpíada


O Papa Bento XVI enviou à China os melhores votos de sucesso à Olimpíada, durante seu Angelus semanal. Veja o vídeo da Reuters.

CNI : indicadores do mês de junho serão divulgados, hoje, às 11 hs.


Brasília - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulga hoje (4), às 11h, a pesquisa Indicadores Industriais referente ao mês de junho. Os dados serão apresentados pelo economista Paulo Mol, em entrevista coletiva na sede da entidade em Brasília.


A pesquisa reúne dados setoriais sobre o faturamento real das indústrias, horas trabalhadas na produção, pessoal empregado e remuneração paga.

Fundo Amazônia : veja o decreto que cria

Da Agência Brasil


Brasília - Está na edição de hoje (4) do clique aqui para ver o decreto Diário Oficial da União o Decreto n.º 6.527, que institui o Fundo Amazônia, assinado na última sexta-feira (1º) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


A norma autoriza o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a captar recursos privados a partir de doações voluntárias, sejam nacionais ou estrangeiras, para investir em ações de prevenção, monitoramento, e combate ao desmatamento. A expectativa do Ministério do Meio Ambiente é de que o fundo capte US$ 1 bilhão já no primeiro ano.


O fundo atuará ainda nas áreas de gestão de florestas e áreas protegidas, controle e fiscalização ambiental, manejo florestal sustentável, atividades econômicas desenvolvidas a partir do uso sustentável da floresta, ordenamento territorial e regularização fundiária, conservação e uso sustentável da biodiversidade.


Um comitê orientará as ações do fundo. Participam do grupo representantes dos Ministérios do Meio Ambiente, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, das Relações Exteriores, da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário, da Casa Civil, dos governos estaduais e da sociedade civil.


Lula rebate crítica à posição do Brasil em Doha

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Brasília -(ABr) - As críticas à posição brasileira adotada na Rodada Doha foram rebatidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, convidado de hoje (4) do programa semanal de rádio, Café com o Presidente. Lula adiantou que traça estratégias para a retomada das discussões, mas enquanto não ocorrem, ele mostrou quais serão os próximos passos brasileiros nos debates sobre o comércio internacional.


"O Brasil vai continuar fazendo as suas negociações em todas as instituições multilaterais existentes. O Brasil vai fazer o seu acordo estratégico com a União Européia. O Brasil quer construir um acordo estratégico entre o Mercosul e União Européia. Vamos fazer um acordo entre o Mercosul e o Sica [Sistema de Integração Centro-Americano], que reúne os países do Caribe. E nós, obviamente, vamos continuar discutindo a questão do subsídio, porque para nós é uma vergonha", disse Lula.


Na avaliação de Celso Amorim, que passou duas semanas em Genebra, na Suíça, participando das negociações, é cedo para dizer que Doha não deu certo, e acordos como esse dificilmente não recebem críticas.


"Não deu certo esse ciclo de negociações. O que nós vamos ter que saber é se vai poder resolver agora, ainda no curto prazo ou se vai precisar de mais dois, três anos, o que infelizmente é o que aconteceu com outras rodadas, como a rodada do Uruguai, não é? Não seria uma novidade absoluta nos termos das negociações da OMC".


O ministro disse ter esperança na retomada dos diálogos, por meio de movimentos políticos como o que Lula iniciou com o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush - em que Lula assumiu posição de mediador de acordo bilateral no comércio de alimentos entre Índia e Estados Unidos.


"Também em Cancún [cidade mexicana que sediou a reunião da Rodada em 2003], nós recebemos muitas críticas. Hoje em dia todo mundo reconhece que o G20 [Grupo dos 20, formado por países em desenvolvimento] foi fundamental, inclusive para levar a rodada até onde ela chegou. Quer dizer, se você pegar a estrutura do acordo agrícola na rodada, é todo ele baseado nas propostas do G20", salientou.


Lula, por fim, disse que acredita em uma rodada que permita que haja justiça na conclusão.


"Nós vamos continuar insistindo. Todo mundo sabe que eu sou teimoso e, portanto, nós vamos conquistar isso. É apenas uma questão de tempo. Aqueles que já ficaram vendendo derrotismo, aqueles que já foram acender vela porque fracassou vão quebrar a cara, porque nós vamos concluir o acordo da Rodada de Doha. Pode demorar mais um mês, mais dois meses, mas nós vamos conseguir fazer isso", afirmou.