quinta-feira, 31 de julho de 2008

Bush : confiança na economia dos Estados unidos


O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse nesta segunda-feira que os americanos devem ter confiança no futuro da economia do país no longo prazo.

Em seu último discurso do Estado da União, tradicionalmente apresentado ao Congresso americano no fim de janeiro, o presidente reconheceu que os Estados Unidos "estão atravessando um período de incerteza na economia" e de desaceleração no crescimento.


No entanto, Bush afirmou que, "no longo prazo, os americanos podem ficar confiantes sobre o nosso crescimento econômico".


O presidente pediu ao Congresso que aprove imediatamente o pacote de estímulo econômico de US$ 150 bilhões (cerca de R$ 268 bilhões) anunciado na semana passada.


Logo após o pronunciamento de Bush, a presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, e o líder da maioria democrata no Senado, Harry Reid, afirmaram em uma declaração que iriam "trabalhar com o presidente - quando possível - para apoiar o mercado imobiliário e ajudar os americanos a manter suas casas".


Iraque


Bush iniciou às 21h de segunda-feira no horário local (meia-noite em Brasília) o que deve ser seu último discurso do Estado da União antes de deixar a Presidência, em janeiro de 2009. Ele tem o direito, no entanto, de fazer ainda um último discurso imediatamente antes de deixar o poder.


O presidente disse que o aumento das tropas americanas no Iraque está dando resultado, depois de uma longa e custosa guerra e que "a (rede extremista) Al-Qaeda está fugindo" e será derrotada.


O presidente admitiu, porém, que "o inimigo ainda é perigoso e ainda há mais trabalho a ser feito".


No entanto, Bush afirmou que as forças americanas e iraquianas obtiveram "resultados que poucos de nós poderíamos ter imaginado há um ano".


Segundo Bush, mais de 20 mil soldados americanos enviados ao Iraque vão retornar aos Estados Unidos nos próximos meses, como resultado dos progressos obtidos e da transição de operações para as forças iraquianas.


No entanto, o presidente afirmou que qualquer nova retirada de soldados americanos vai depender das condições no Iraque e da decisão dos comandantes das tropas.


A guerra no Iraque foi o principal tema do discurso do Estado da União no ano passado, quando Bush afirmou que um fracasso teria conseqüências "dolorosas".


Em 2007, o Exército americano lançou uma "escalada", aumentando o número de tropas no Iraque, e houve avanços em termos de segurança em muitas áreas do país, incluindo a região de Bagdá.


Mas foi também o ano mais mortal para as forças americanas no Iraque, com cerca de 900 soldados mortos.


Irã e Doha


O presidente americano voltou a dizer que o Irã deve suspender o seu "apoio ao terrorismo no exterior" e também o seu programa de enriquecimento de urânio, deixando claras suas intenções.


"Mas, acima de tudo, saibam disto: a América vai confrontar aqueles que ameaçam nossas tropas, nós vamos apoiar nossos aliados e nós vamos proteger nossos interesse vitais no Golfo", disse.


Bush também reafirmou a sua intenção de garantir um acordo de paz entre Israel e palestinos até o fim do ano.


Assim como já havia feito no discurso anterior, o presidente voltou a falar sobre a importância da independência energética nos Estados Unidos e da redução da dependência de petróleo.


Bush também falou sobre a Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio. "Estamos trabalhando por uma Rodada Doha de negociações bem-sucedida e devemos concluir um bom acordo neste ano", disse o presidente.


A Rodada Doha de negociações, que pretende abrir os mercados mundiais e aumentar o intercâmbio entre os países, foi iniciada em 2001 e enfrenta um impasse por conta das diferenças de posições entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento.


No fim de semana, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, a secretária de Comércio dos Estados Unidos, Susan Schwab, já havia afirmado que Bush estava "completamente comprometido com a conclusão com sucesso da Rodada Doha em 2008". (Crédito BBC-Brasil).


Nossa opinião : Nem nós, os estrangeiros, podemos deixar de confiar na economia dos Estados Unidos.