quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Telebrás acusa teles de travarem projeto de banda larga


RIO – O presidente da Telebrás, Rogério Santanna dos Santos, acusou as empresas de telefonia de travarem o projeto do governo de universalização de banda larga no País. “O SindiTelebrasil (que representa as empresas de telefonia fixa e móvel), comandado por (Antonio Carlos) Valente (presidente da Telefonica) tem feito esforços para que o processo não ande”, disse Santanna.
O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal, denominado SindiTelebrasil, representa 29 empresas de telefonia fixa e móvel. A entidade entrou com ação na Justiça Federal no Rio de Janeiro com objetivo de que a Telebrás não seja a única operadora do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Na prática, o que o sindicato propõe é que a escolha para a implementação do plano seja feita por meio de licitação pública. O plano envolve a infraestrutura e as redes de suporte de serviços de telecomunicações de propriedade ou posse da administração federal ou de empresas de controle estatal.
Santanna afirmou que o sindicato apela para “uma litigância exagerada”. “É como se o Estado resolvesse fazer outra rodovia e as concessionárias de pedágio se unissem para evitar que o governo fizesse”, comparou. Santanna disse que o PNBL tem objetivo de introduzir a concorrência onde não há. “Através da Telebrás, o governo vai colocar sua rede de fibra ótica como meio de transporte alternativo (de dados)” declarou. Ele disse que o objetivo é baixar o custo de uso das redes.
Nossa Opinião
As teles querem manter uma reserva de mercado, porém não querem investir para universalizar a banda larga. Exemplo grotesco disso é a Telefonica que  oferece um serviço de banda larga tão ruim em São Paulo até ao ponto em que a Anatel se viu obrigada a proibir a venda do Speedy enquanto ela não se adequasse a níveis toleráveis de problemas.
Vejam também o problema da Vivo: Foi só a Portugal Telecom sair da Vivo, comprada por inteiro pela Telefonica, e os problemas começaram. A Vivo chegou ao ponto de deixar algumas pequenas cidades sem telefone por três dias. Isso aconteceu no primeiro turno das eleições presidencias e no segundo turno.
Agora, têm a “cara de pau”, de atrasar o Plano Nacional de Banda Larga de “olho gordo” no faturamento.
Isso é uma vergonha e não fica bem para quem já foi conselheiro da Anatel e agora, é do sindicato das teles.