quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Carmen Aristegui, jornalista mexicana, qualifica sua despedida de ato “próprio das ditaduras”


A conhecida jornalista mexicana Carmen Aristegui criticou as circunstâncias em que perdeu seu trabalho na rede MVS logo depois de comentar versões acerca de supostos problemas de alcoolismo do presidente do México, Felipe Calderón.
Em uma entrevista coletiva de imprensa, Aristegui disse que logo que seus comentários foram transmitidos na MVS, se “exigiu a leitura de uma carta obviamente não redigida por mim”.
“Se exigiu aos donos da MVS una desculpa pública e imediata dando mostras da irritabilidade da Presidência”, continuou.
“a pergunta é como puderam elevar ao nível de exigência desde  (o palácio presidencial de) Los Pinos, quase uma humilhação”, aduziu.
Ao negar-se Aristegui a oferecer as desculpas, a jornalista sofreu  o cancelamento de seu contrato com a MVS.
Carmen Aristegui se manteve firme em sua posição, assegurando que a pergunta que faz (pedindo esclarecimentos oficiais acerca do suposto problema de alcoolismo de Calderón) foi um comentário editorial baseado em um fato noticioso.
A comunicadora qualificou sua despedida como “um ato autoritário e desmedido, próprio das ditaduras”, porém afirmou que voltará  à MVS  quando a rede MVS retire o comunicado que põe em dúvida sua ética jornalística. (BBC-Mundo)